A apresentação pública do segundo número da Revista Memória Rural (RMR) vai ser realizada no dia 7 de dezembro, na sede do Museu da Memória Rural, em Vilarinho da Castanheira, pelo Doutor António Ponte, Diretor Regional de Cultura do Norte.
A RMR é uma publicação do Museu da Memória Rural e surgiu pela primeira vez no ano de 2018 no panorama editorial da região de Trás-os-Montes e Alto Douro. Assumindo-se como o órgão editorial desta estrutura museológica do concelho de Carrazeda de Ansiães, a suas edições pretendem fortalecer o processo de comunicação do projeto museológico, tentando dar-lhe visibilidade e dinâmica regional e nacional.
Esta publicação cultural e científica, de periodicidade anual, em apenas dois números já reuniu a colaboração de 38 investigadores, fotógrafos e escritores que se debruçaram exclusivamente sobre temáticas do Património Imaterial, Vernacular, Etnográfico e da Memória Histórica da região.
A revista é produzida em papel e em formato digital e pode ser adquirida através do site do Museu da Memória Rural, ou passado algum tempo da sua distribuição impressa, consultada e descarregada online, a partir do sitio eletrónico , ou através da sua versão em Open Journal system (OJS) de forma gratuita.
O Museu da Memória Rural, espaço que acolhe e é responsável pela criação e dinamização desta iniciativa editorial, é um projeto museológico polinucleado que tem vindo a ser construído por diversas aldeias do concelho de Carrazeda de Ansiães, caraterizando-se fundamentalmente como uma instituição local que visa responder às necessidades de dinamização cultural e preservação do espólio identitário de um território marcado pelos fortes problemas da interioridade.
Constituído na atualidade por 5 núcleos museológicos dispersos por diferentes localidades do território concelhio, o Museu da Memória Rural está a ser idealizado como um projeto pioneiro na região, assentando os seus pressupostos nos princípios de uma museologia social e coesiva que pretende o envolvimento e a participação da comunidade num processo dinâmico de valorização dos recursos culturais do concelho.
Metodologicamente, o museu aposta numa abordagem participacionista do património, privilegia uma visão dinâmica do passado e pugna por uma intervenção científica e cultural capaz de operar com metodologias de intervenção comunitárias, democráticas e participativas.