Depoimento de Ana Quintas sobre a confeção das roscas da Festa de São Gonçalo de Outeiro

Depoimento de Ana Quintas sobre a confeção das roscas da Festa do Charolo e de de São Gonçalo de Outeiro. Recolhemos de Ana Quintas, mordoma da festa no ano em que observamos os preparativos, a explicação de como são confecionadas as roscas. “Logo de manhã os mordomos, homens e mulheres, dirigem-se para o forno da aldeia e cada um faz a sua tarefa. É necessário sumo de laranja, peneirar a farinha, bater os ovos, fermento, azeite, manteiga, água, aguardente ou vinho do porto e muito amor. Mistura-se tudo e amassa-se. Depois de misturados todos os ingredientes, a massa fica a repousar durante duas horas e meia. Posteriormente cortam-se pedaços de massa à medida pretendida e no entretanto vai-se acendendo o fogo”.
Este vídeo integra a componente visual do artigo “O Charolo de São Gonçalo de Outeiro e o Culto do Pão no Nordeste Transmontano“, da autoria de António Luis Pereira. Revista Memória Rural, nº 4, 2021, pp. 120-137.