Os cestos de duas asas de vergame apenas foram identificados com esta denominação na freguesia do Amedo. Na entrevista realizada com o antigo cesteiro, senhor Francisco António Madureira, foi-nos mostrado um cesto, em tudo muito semelhante às canastras de vergame, diferindo apenas nas dimensões e na forma das asas.
Segundo o nosso entrevistado, este cesto não pode ser classificado como canastra, uma vez que possui dimensões inferiores e menor resistência por não possuir o suporte da fita que vem do fundo da cesta e prende a asa ao meio. O cesto de vergame do Amedo tem as seguintes dimensões: 50cm de comprimento, 34 cm de largura e 32 cm de altura. Este cesto de vergame foi realizado com uma urdidura de 6 por 6 talas.
No Amedo, as partes constituintes do cesto de vergame são: os fundos; as costas referentes às paredes do cesto; as asas; e as fitas que servem para o remate das asas. Relativamente às varas do castanheiro, usada para tecer as paredes dos cestos, é utilizada a palavra vergueiro.
Áudio referente ao artigo “Cesteiro que faz um cesto, faz um cento”. A arte da cestaria de madeira rachada“, pp. 10-39, da autoria de Isabel Alexandra Lopes.