Memórias das sombras do tempo nos concelhos de Carrazeda de Ansiães, Alijó e Murça
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Resumo
O fluir do tempo, a necessidade de domesticar e compreender as escalas repetitivas do ciclo solar levou à criação de objetos que registassem a sucessão temporal numa escala repetitiva, compreensível e controlada. O expoente máximo dessa submissão do homem atual ao fluir do tempo tem a sua máxima expressão nos nossos sofisticados relógios digitais que vemos e possuímos com uma constância determinante na nossa vida agitada de hoje. Mas tudo começou há muito tempo. Num tempo de sombras e onde as sombras mediam o fluir da vida e a sucessão repetitiva das estações do ano. Este artigo pretende resgatar a memória de ancestrais artefactos de pedra que nos dias de hoje nos passam completamente despercebidos: os relógios de sol. Para recuperarmos essas memórias fomos à procura de alguns destes instrumentos nos concelhos de Alijó, Carrazeda de Ansiães e Murça. Este artigo tem uma única intenção. O intuito de resgatar as memórias das pedras antigas que assinalaram com sombras a passagem pausada de um outro tempo.
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